Carioca, nascido em 1949 no bairro de São Cristóvão, casado com a médica Maria de Fátima Pinheiro, dois filhos e dois netos, o médico-pediatra Paulo Pinheiro formou-se após cursar seis anos na Faculdade de Ciências Médicas da UEG (atual UERJ). Concluiu a pós-graduação em Pediatria da PUC na Policlínica de Botafogo, com o Professor Álvaro Aguiar, e tem os títulos de Especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria e de Administração Hospitalar pela UERJ. (Continua)

27 de set. de 2011

Mudança para não mudar

Essa é uma carta aberta para todos os meus eleitores (e não eleitores), na qual pretendo explicar meus motivos para trocar de partido.

Estou na política há 15 anos, há mais tempo ainda na vida pública - já que antes disso fui da diretoria do Hospital Miguel Couto por 14 anos - e sempre procurei manter uma conduta coerente.

Para encurtar a história, vou me ater aos últimos acontecimentos. Desde que voltei ao PPS (após sair do PT, devido aos escândalos que envolveram sua cúpula) participei de três eleições. Em todas elas nos apresentamos ao eleitorado como um partido decente, com um programa político e sempre fazendo oposição ao PMDB da dupla Sérgio Cabral/Eduardo Paes.

Foram campanhas difíceis e desgastantes. Enfrentando todo o poderio da máquina do governo, fomos derrotados nas três eleições majoritárias e eu só consegui ser eleito uma única vez, em 2008, para vereador. Em 2006 e 2010, não consegui os votos necessários para deputado federal e estadual, respectivamente. Mesmo assim, com todas as dificuldades, sempre estive satisfeito no partido.

Infelizmente, em 2011, tudo começou a mudar...

Curiosamente, essa mudança se deu ao mesmo tempo em que a carruagem do PMDB começava a virar abóbora. Nem bem tínhamos passado das últimas eleições e começaram a surgir boatos sobre a aproximação entre o PPS e os governos municipal/estadual.

A ligação do Governador Cabral com mega empresários escancaradas na mídia; a falta de dialogo com os bombeiros; a greve do ensino Estadual. No município temos os bueiros explosivos; tragédia com o bondinho de Santa Teresa; a eterna superlotação das emergências em nossos hospitais. Até mesmo as elogiáveis UPPs começam a apresentar problemas.

O belíssimo castelo de cartas, montado com muita maquilagem, propaganda e pouco conteúdo, está desmoronando e, mesmo assim, o PPS resolveu pular no colo do governo...

O movimento foi demorado, estudado, calculado, mas desde muito cedo parecia inevitável. Primeiro, um deputado do PPS foi indicado para ser o líder do governo na ALERJ. É isso mesmo, pasmem, um parlamentar de um partido de oposição como líder do governo. Para a atitude ficar um pouco menos constrangedora, o parlamentar foi licenciado do partido antes de assumir a função. Em seguida, outro membro do partido também se licenciou para assumir uma secretaria municipal. Pronto, o noivado estava confirmado.

No penúltimo dia de Agosto o ato foi consumado e o diretório estadual do PPS anunciou que fazia parte da base aliada à Cabral...

Desde o principio, é importante deixar claro, demonstrei minha insatisfação quanto a essa adesão governista. No começo, com certa incredulidade; em seguida, com veemência e por fim, só me restou sair. Afinal, os incomodados que se mudem.

Há muito tempo – conforme ia aumentando a minha insatisfação – diversos jornais começaram a “me colocar” nos mais diversos partidos. Gostaria de deixar claro que sempre conversei com muitos políticos, é verdade, mas tentei lutar pelo PPS em que acreditava enquanto pude. Fui às reuniões do partido enquanto acreditei que conseguiria dissuadir meus colegas desse erro, mas perdi essa batalha.

Para não ser intransigente, até aceitei conversar com o PMDB para negociar meu apoio, mas, como já desconfiava, as premissas que estabeleci para tal (fim das terceirizações na saúde, seja por OS, Cooperativa ou qualquer mecanismo; desligamento entre a agencia de advocacia da mulher do governador e qualquer empresa de caráter público, como o Metrô; Plano de Cargos, Carreiras e Salários para os servidores; revisão do PEU das Vargens; acabar com a taxa de luz; aplicar as percentagens constitucionais em saúde e educação; entre outras) não foram aceitas pelo prefeito e sequer chegaram ao conhecimento do governador.

Como disse, sempre mantive contato com colegas que considero corretos, não importando o partido. Citando apenas vereadores, falo bastante com Andrea Gouvea Vieira, do PSDB; Sônia Rabelo, do PV; Reimont, do PT e com o agora companheiro Eliomar Coelho, do PSOL; entre outros e não vejo motivos para negar isso, pois sempre fui fiel ao meu partido. O partido é que foi infiel comigo.

Quem conhece minha vida e minha história sabe meus posicionamentos. Defendo o concurso público, a valorização do servidor, a ética e transparência nos setores públicos e, devido a minha formação, tenho posições bem firmes quanto à saúde pública.

Ao perceber minha situação insustentável no meu agora ex-partido, comecei a olhar em volta e, sinceramente, não gostei do que vi. Um verdadeiro trator governista passando por cima de tudo e de todos e pouco preocupado com a população. Do outro lado, uma oposição descaracterizada, fragmentada e, vejam só, pouco preocupada com a população.

Felizmente, uma opção interessante se abriu para mim. Em conversas com Eliomar Coelho, Marcelo Freixo e Chico Alencar e observando as atitudes desses parlamentares, vi ali o tipo de oposição que desejo praticar. Uma oposição propositiva, que não reclama por reclamar e apresenta suas idéias de solução para os problemas apontados.

É com isso em mente que pretendo dar continuidade ao meu mandato. Espero não estar traindo a confiança de nenhum de meus eleitores, mas estou com a consciência tranquila. Pelo contrário, me sentiria um traidor, caso apoiasse aqueles que tanto critiquei e contra quem já protocolei mais de uma dezena de representações junto ao Ministério Público.

Como diz o titulo, mudei, é verdade, mas mudei para não mudar!

13 de fev. de 2010

Nossos magnatas

Enfim apareceram os "investidores" do Metrô. Seu representante veio a público para dizer que dinheiro não é o problema.

Desde a inauguração (1979) até 1997, o metrô do Rio era um serviço público. Depois foi privatizado. O problema, que antes era de investimento, agora - pelas palavras do seu controlador - não é mais. Segundo ele, dinheiro há!

Mas se não é dinheiro, o problema só pode ser de incompetência. Em administração - seja pública ou privada - se existem os recursos necessários e não se alcança resultados é porque esses recursos não foram aplicados de forma competente.

Então pergunto se o amigo leitor lembra da pergunta que fiz no último post em que falei do metrô? Se não lembra, peço licença para reescrever:

"Mas convido o leitor a fazer um exercício de imaginação. Imagine-se um magnata do ramo de transportes, alguém com experiência no negócio. Após isso reflita: você investiria seu dinheiro em uma empresa que tem problemas crônicos, reiteradamente denunciados pela mídia e que utiliza artifícios políticos para impedir atos de transparência?"

Me dei ao trabalho de fazer uma pequena pesquisa no Google (ah o Google...sempre ele!) sobre esses “magnatas” e conclui que o problema é maior ainda. Digo isso porque o controle acionário da Metrô Rio foi adquirido por fundos de pensão, encabeçados pela Previ e pela Funcef, no final de 2008. Isso está na revista PREVI n. 139 de 2009. A transação foi referendada pelo Governo do Estado e passou a valer em março de 2009.

Ah, os aposentados do BB e da Caixa, são eles os magnatas! Será que esses danados andam por aí de fraque e cartola, saltando baforadas de legítimos Habanos? Seriam eles as aves de rapina do mercado?

Sei não... acho que está mais para um mico-preto que enfiaram goela abaixo dos velhinhos. E isso logo no Governo do Cabral, que sempre teve grande votação junto ao pessoal da terceira idade.

O pessoal estava lá, uns jogando dama na praça, outros na casinha de praia em Cabo-Frio ou Araruama, enquanto seus representantes pagavam 1 bilhão para fechar o negócio. Entre um jogo de bocha e uma partida de buraco, adquiriam uma companhia prestes a aumentar muito o volume de passageiros, com aumento do número de estações e novos serviços (ligação direta entre pavuna- botafogo).

Num primeiro momento parecia um negócio tentador: a compra de uma empresa concessionária de serviços públicos em vias de aumentar o número de clientes...mas será que eles se preocuparam sobre o impacto do crescimento projetado? Será que quiseram saber se a agência reguladora (AGETRANSP) tinha feito (fez ou não fez?! Até hoje não sei...) um estudo sobre o impacto dessas mudanças?

A partir disso pude interpretar um pouco melhor o que o Presidente da Alerj quis dizer ao falar que os “investidores” do metrô se sentiriam inseguros com uma CPI. Talvez estivesse pensando nisso. Talvez tenha pensado nas perguntas que os representantes desses “investidores” esqueceram de fazer antes de fechar o negócio. Se for isso, realmente será melhor para os “investidores” que não haja CPI.

No meio disso tudo só acho engraçado que os maiores problemas tenham começado justamente depois que o controle foi assumido pelos intrépidos velhinhos...

Mas isso é só um exercício de imaginação a partir da ligação de fatos. Só os “investidores” podem dizer por que não querem a CPI ou por que se sentem inseguros com ela. O que está claro, porém, é que se gastou muito dinheiro para as novas estações - inaugurações pirotécnicas, com show de luzes e um presidente ponto G - mas os investimentos em serviço - trens, atendimento ao usuário, valorização de funcionários, manutenção, etc... - foram desproporcionais.

Além disso, parece evidente que tais investimentos equivocados foram feitos antes da alienação do controle, deixando a sensação de que os aposentados ficaram “pendurados na brocha” depois que fecharam a operação... não sei o nome do escritório de advocacia que assessorou o negócio, mas tremo só de imaginar. Espero não ter outra decepção.

Em síntese o que posso pensar: esses incríveis velhinhos - grandes "investidores" - entraram nessa partida de buraco, bateram achando que iam fazer uma canastra real com o morto. Mas o jogo era de poker e para pingar tiveram que colocar 1 bi. Um delírio!

De qualquer forma, não há dúvida que a CPI ajudaria esses incríveis “investidores” a sair do buraco do Metrô.

22 de jan. de 2010

Coincidência ou castigo?

Não sei quem está mais cheio: ou o saco do carioca (de tanto lero-lero), ou as ruas do Rio (alagadas pela chuva). O fato é que passou das 20h e fiquei preso no trânsito, esperando a água baixar para chegar em casa. O aterro inundou!

Justo hoje, que o Jornal O Dia mostrou que as mazelas da cidade estão justamente na falta de investimentos em macrodrenagem, limpezas de bueiros e galerias pluviais. Só 34% do reservado no orçamento foi realmente aplicado.

Será coincidência ou castigo do Cacique Cobra Coral?

Fiz o estudo desses valores, porque vi a cidade naufragar pelo menos uma vez por semana no último mês. O pior é que todo mundo acha isso normal.

Quando chove, o choque de ordem parece mais curto-circuito. Esse ‘fio desencapado’ atrasa a vida do cidadão, não só porque ele – assim como eu, que escrevo dentro do meu carro no engarrafamento - perde tempo para chegar em casa. Na verdade, cada vez que chove desse jeito, os alagamentos provocam buracos que arrebentam com os carros, disseminam doenças que afetam a todos, além de outros prejuízos materiais incalculáveis.

Trocando mas por porém, quero dizer o seguinte: os investimentos que a prefeitura deixou de fazer (cerca de R$ 80 milhões), simplesmente sairiam quase de graça em razão da economia feita ao impedir os prejuízos causados pelos alagamentos.

Quando se fala em gestão, é isso que deve ser observado.

Mais uma vez, fica a dica.

12 de mai. de 2009

10 de dez. de 2008

Prezados Leitores e Amigos do Blog,

Gostaríamos de avisar que, devido à candidatura de Paulo Pinheiro ao cargo de vereador nas últimas eleições, o presente blog permaneceu desativado.

Logo voltaremos às atividades normais, em novo endereço a ser divulgado em breve.

28 de jun. de 2008

Terminou uma das mais longas ditaduras do esporte brasileiro

Foi exatamente nesta madrugada de sábado que terminou uma das mais longas e medíocres ditaduras do esporte brasileiro. Com o voto de 140 conselheiros que haviam sido eleitos por mais de 800 sócios do clube no último sábado, o ex-jogador Roberto Dinamite retirou de forma transparente e democrática o Sr. Eurico Miranda da presidência do Clube de Regatas Vasco da Gama.

Foram longos anos de arbítrio, truculência, descortesias e vice-campeonatos que ficaram como a marca da "administração Eurico". A eleição foi marcada pelas manobras jurídicas do ex-presidente que se manteve no cargo por 14 meses, mesmo depois da anulação das eleições.

Das 20 hs de sexta feira (27/6) até às 23 hs, vários incidentes e manobras foram perpetradas pelos componentes da chapa de Eurico. Entretanto, dezenas de grandes beneméritos com idade média de 80 anos aguentaram mais este absurdo da antiga administração e finalmente, às 3 hs da manhã, elegeram um novo presidente para um novo VASCO, num pleito que teve a fiscalização de da OAB, ABI, MPE e TRE, além de grande aparato de segurança comandado pelo BOPE.



Nova diretoria toma posse na terça-feira (1/7)

O novo Conselho deliberativo do qual tenho a honra de ser membro titular tomará posse às 2ohs de terça-feira, juntamente com o novo presidente Roberto Dinamite, na sede náutica da Lagoa.
Depois de anos de luta dentro de um grande movimento de resistência contra a ditadura que dirigia o clube, o MUV consegue chegar à presidência com a responsabilidade de retornar o Vasco da Gama ao local de onde nunca deveria ter saido no cenário esportivo brasileiro.

Enfim, um efusivo CASACA para todos os amantes da democracia. VASCÔÔÔÔÔ!


Paulo Pinheiro ao lado ex- presidente Agathirno da Silva


PP novo conselheiro parabenizando Roberto

NOVA ERA NO VASCO - DINAMITE PRESIDENTE

Reportagem de rádio sobre a vitória de Roberto Dinamite na eleição para presidente do Vasco.

25 de jun. de 2008

Comentário em matéria do jornal O Globo

Ontem, dia 24/06/2008, foi publicada no jornal O Globo uma matéria sobre as novas restrições da lei-seca, onde há um comentário meu sobre os efeitos do álcool no organismo.

Clique na imagem para vizualizá-la melhor.

Eleições no Vasco

No sábado (18/6) foram realizadas as eleições para o Conselho Deliberativo do C. R. Vasco da Gama. As eleições foram realizadas há 14 meses atrás e foram anuladas pela Justiça.








O atual presidente Eurico Miranda fez de tudo para impedir a realização do novo pleito, mas não obteve êxito: quase 1000 sócios foram até a sede do Calobouço para votar, em sua esmagadora maioria, em Roberto Dinamite. As instalações da sede estavam bastante alteradas, não havia luz nem água, e os vascaínos tiveram que contornar um "morro" de entulho que apareceu na sede do clube na última semana.



Com esmagadora maioria dos votos, a chapa que pretende levar Roberto Dinamite à presidência do Vasco venceu o pleito, elegendo 120 d0s 150 conselheiros do Vasco. Na próxima sexta-feira (27/6) na sede náutica da Lagoa, haverá a escolha do nome do novo presidente do clube. Os 150 novos conselheiros eleitos e os 150 antigos decidirão o nome novo mandatário vascaíno. Como novo conselheiro eleito estarei lá, votando em Roberto para que possamos ter um novo Vasco da Gama.

16 de jun. de 2008

UMA LINDA IGREJINHA NO MORRO DO PINTO (CENTRO DO RJ)

Neste sábado (14/6), fiz uma visita junto com alguns amigos médicos a uma das comunidades mais antigas do Rio de Janeiro, localizada no Morro do Pinto. A entrada fica no bairro da Saúde, pela Rua Sara. Subindo algumas ladeiras e ruas muito estreitas, chegamos até a parte mais elevada, onde descortinamos uma belíssima imagem do centro da cidade. Não existem barracos, mas sim, casas de alvenaria, que nos levam ao RJ do passado. Além das residências, encontramos pequenos bares, oficinas e uma linda e velha igrejinha, uma capela muito antiga e com pouca conservação. Trata-se da igreja de N.S de Montserrat.

A capela só funciona graças a um grande esforço dos moradores que lutam pela sua sobrevivência. O bairro, que é de baixo poder aquisitivo, fica perto do Morro da Providência, mas é absolutamente calmo e de uma vista deslumbrante. O colega que aparece na foto, Dr. José Carlos Araújo, costuma visitar constantemente a área e desfruta da amizadade dos moradores, apelidando carinhosamente o local de "Ilha de Capri".

Cada dia que passa, vejo que o Rio ainda tem muitos lugares para serem "descobertos".

A SELEÇÃO DO DUNGA PARECE PARAGUAIA

Na tarde deste domingo, os brasileiros tiveram o dissabor de assistir uma das piores atuações da seleção brasileira de futebol. Conseguimos a façanha de perder para o desfalcado Paraguai, que jogava com dez jogadores e, ainda assim, conseguimos somente chutar duas vezes ao gol do adversário.
Acredito que lançamos hoje a versão "paraguaia" de uma seleção brasileira. O Brasil da era Dunga não consegue fazer gols, tampouco evitá-los. Na próxima quarta-feira, vamos enfrentar a Argentina e teremos a obrigação de nos recuperarmos, sob pena de termos mais um técnico desempregado.
O povo já começa a cantar: "Adeus Dunga. Zero-um, pede para sair"

EURICO NÃO QUER ELEIÇÕES NO VASCO

Como todos sabem, as eleições para a presidência do Vasco da Gama se transformaram num caso de polícia. Elas foram anuladas e novo pleito marcado para o dia 21 de junho de 2008. Entretanto, o ex e atual interino presidente Eurico Miranda continua afirmando que não haverá nenhuma nova eleição. Mais do que isto, ele iniciou obras na sede do Calabouço, onde deveriam ser realizadas as novas eleições.
Nesta quinta-feira, os membros da chapa de oposição "POR AMOR AO VASCO", que tem como candidato Roberto Dinamite, organizaram um almoço de confraternização, quando todos foram informados das manobras que estão sendo urdidas pelo Dr. Eurico.
O clima era de muita confiança na justiça e todos nós que participamos do almoço estaremos no calabouço para levar a chapa POR AMOR AO VASCO, até a vitória, para o bem do clube.